O advogado Jean Clay Alves de Oliveira, relatou ter enfrentado problemas no Presídio Regional na manhã da última quarta-feira (4), quando tentou esclarecer a situação envolvendo a sala da OAB, que, segundo ele, estava trancada em um horário incomum. Ele afirmou ter usado o celular para comunicar colegas sobre quem seria responsável por abrir o espaço, o que gerou um conflito com o diretor da unidade, José Freitas Júnior.
De acordo com o advogado, enquanto enviava mensagens no corredor do presídio, foi advertido por um agente sobre a proibição do uso de celulares no local. Oliveira argumentou que conhecia suas prerrogativas e que não estava descumprindo normas. Em seguida, o diretor teria se aproximado e, segundo Jean Clay, alterado o tom da conversa, afirmando que ele não deveria estar utilizando o telefone ali. O advogado alegou ter sido desrespeitado e relatou que o diretor tentou tomar seu celular à força.
A versão do Presídio Regional, divulgada por meio de nota oficial, aponta que o advogado insistiu no uso do aparelho em local indevido, mesmo após alertas. Segundo a nota, José Freitas Júnior justificou a proibição com base em uma ata da Comissão da OAB e na portaria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), que regulamentam o controle de celulares nas dependências do presídio. Ainda segundo a unidade, o advogado tentou realizar filmagens dos policiais penais e debochou das orientações do diretor.
O episódio resultou em promessas de medidas por parte da OAB e do advogado. Jean Clay afirmou que registraria um boletim de ocorrência e participaria de um ato público na porta do presídio, destacando preocupações com o tratamento dado aos advogados e aos internos. "Se ele fez isso comigo, imagina o que acontece lá dentro com os presos", disse.