Os radares fixos da BR-324, uma das rodovias mais movimentadas da Bahia, estão desativados desde o início de agosto. Segundo o DNIT, a suspensão do Programa Nacional de Controle de Velocidade (PNCV) se deve à falta de recursos para processar as imagens captadas pelos equipamentos.
Especialistas e a Polícia Rodoviária Federal alertam para o aumento do risco de acidentes. A BR-324 já registra alto índice de infrações por excesso de velocidade, com crescimento de 154% entre 2023 e 2024, passando de 39.275 para 99.909 casos. Até 18 de agosto de 2025, foram contabilizadas 48.981 infrações.
“Radares são instrumentos de prevenção e desestímulo à velocidade excessiva. Sem eles, aumenta a probabilidade de acidentes graves”, afirma Fábio Rocha, da PRF-BA. O trecho entre Salvador e Feira de Santana é o mais crítico.
Antes da desativação, a PRF monitorava 20 radares fixos na BR-324; hoje, apenas radares móveis estão em operação. Usuários da rodovia já percebem maior velocidade e menos fiscalização.
O DNIT informou que adota medidas alternativas de engenharia para reduzir riscos, enquanto a PRF vai intensificar patrulhamento, fiscalização com radares portáteis e campanhas educativas.